Com novas regras, restrição na captação pode obrigar Cidade a implantar o rodízio
terça, 28 de janeiro de 2014
No dia 22 de janeiro passado, a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou as regras de restrição do uso da água em rios que abastecem a Região de Campinas. Elas são válidas e já estão em vigor para a retirada de água dos rios Atibaia, Camanducaia e Jaguari e afetam entre mais de quatro dezenas de Cidades, Campinas, Pedreira, Jaguariúna e Amparo.
O texto estabelece níveis de vazão os quais devem ser considerados para decretar estado de alerta ou estado de restrição nessas regiões que captam água diretamente dos rios que formam a bacia do PCJ.
Esses rios também abastecem as represas do Sistema Cantareira, porém, não foram definidas novas restrições de captação nos reservatórios, e, portanto, não afetam diretamente a Grande São Paulo. Como se observa, a conta tem de ser dividida somente entre os Municípios que não compõem a Região Metropolitana da Capital.
As regras terão validade quando o volume útil, aquele em que o nível da água fica acima das comportas das represas - e não precisa ser bombeado - do Sistema Equivalente do Cantareira ficar abaixo da marca de 5%.
Vazões
No Alto Atibaia será considerado estado de alerta quando a vazão for maior que 4m³/s e menor 5m³/s no posto de monitoramento Captação Valinhos. Já no Baixo Atibaia, a vazão considerada é acima de 3,5m³/s e menor que 5m³/s no posto Acima de Paulínia. Para o Rio Camanducaia, quando as vazões forem maiores que 1,5 m³/s e menores que 2m³/s no posto Dal Bo.
No Rio Jaguari, o alerta acontece, no posto Foz, quando o manancial registrar vazões acima de 2m³/s e abaixo de 5m³/s. Para os usuários a montante do Sistema Cantareira, será considerado o posto Pires, com vazões superiores a 2,m³/s e inferiores a 4m³/s. Tais valores deverão ser acompanhados pelos usuários no site da Sala de Situação PCJ.
Os municípios poderão ser atingidos pelas restrições na captação (20% menos) impostas pelos órgãos gestores dos recursos hídricos a qualquer momento. O que num instante pode estar bem, devido a chuvas, de repente pode entrar em estado de restrição, porque no rio, a água da chuva não é retida, ela é corrente, segue o curso naturalmente.
Para evitar racionamento os moradores terão de se conscientizar e usar a água o mínimo possível, ou seja, somente para o essencial. “A população tem dado uma ajuda fundamental. Mas diante das novas regras, se não quiserem conviver com o rodízio, pois a captação será afetada, os moradores terão de apertar ainda mais as torneiras e abrí-las só quando muito necessárias. Temos de torcer para que venha muita chuva. Só assim poderemos amenizar essa situação desastrosa. Se ocorrer o estado de restrição, a situação, certamente vai se agravar e os moradores vão sentir e bastante esses momentos críticos”, salientou o prefeito Pollo.
As novas regras baixadas pela ANA e DAEE atingem 3,2 milhões de pessoas da Região, além de seis municípios de Minas Gerais. Elas serão desencadeadas toda vez que o volume útil disponível por gravidade do Sistema Equivalente do Sistema Cantareira chegar a 5% do volume útil dos reservatórios. Haverá corte quando a vazão passar do nível de alerta para o de restrição.
As Prefeituras e as Autarquias responsáveis pelos serviços de água foram alertadas para acompanhar diariamente as medições de vazão pelo site da Sala de Situação do PCJ, acentuou o diretor-geral do SAAE, Celso José Leite Filho.
O prefeito Carlos Pollo, que diariamente mantém contato com o diretor-geral do SAAE, Celso José Leite Filho, ressalta que “a falta de água que se registra em pontos isolados da Cidade tem sido pontuais, por problemas de ruptura em canos ou falta de energia elétrica para o bombeamento. Lembra o prefeito que diante dessas imposições, não há o que contestar. O Município, se a vazão do Rio Jaguari atingir os níveis de restrição, terá de acatar e cumprir as determinações”.
A redução de 20% será aplicada de imediato e este percentual também é válido nas captações de água para uso animal, como o abastecimento de granjas e confinamentos de bovinos. Já para uso industrial e irrigação de lavouras, a redução será de 30%. O corte na captação será fiscalizado por agentes do DAEE e da ANA.
Texto: Sidenei Defendi – Jornalista
Assessoria de Comunicação – ASCOM – Prefeitura de Pedreira
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